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Contadores da 123milhas e CEO da Maxmilhas podem ser convocados em CPI

Presidente da comissão quer apurar possíveis fraudes na contabilidade

O deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade/RJ), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, propôs a convocação dos contadores da 123milhas, além de funcionários da gestão e do CEO da Maxmilhas, empresa parceira da investigada. Eles seriam chamados na condição de testemunhas, e não investigados, portanto seriam obrigados a comparecer à CPI.

Ela apurará possíveis fraudes na contabilidade da empresa. O presidente da CPI das Pirâmides Financeiras argumenta que a disponibilização de vouchers parcelados como reembolso aos clientes, anunciada pela 123milhas quando a crise dos pacotes promocionais foi revelada, “dá a entender que a empresa não dispõe de recursos em caixa para realizar a devolução do valor pago pelos consumidores”.

Os donos da 123milhas já foram convocados à CPI. O CEO da empresa, Ramiro Júlio Soares Madureira, testemunhou à comissão no início de setembro e pediu desculpas pelo “transtorno” causado a clientes e funcionários pela crise da empresa. Ele justificou que, após a fase mais aguda da pandemia, o mercado de passagens aéreas está se comportando “permanentemente como se estivesse em alta temporada”, com preços elevados, o que “abalou os fundamentos não só o promo, mas como de toda a 123milhas”.

Ele demitiu a maioria dos funcionários da empresa no último mês, sem pagamento integral da rescisão. Ex-colaboradores e clientes lesados aguardam pagamento no contexto da recuperação judicial da empresa, que foi aceita pela Justiça no final de agosto.

A Maxmilhas realizou uma fusão com a 123milhas em janeiro deste ano. Ela mantém operações independentes, porém também foi afetada pela crise financeira da parceira, atrasou pagamentos aos clientes e demitiu funcionários em massa.

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